O QUE TEM POR TRÁS DESSA “CRISE” NOS CORREIOS” O discurso da ECT desde o fim de 2015 só se fala em crise, crise e mais crise, mas na prátic...
O QUE TEM POR TRÁS DESSA “CRISE” NOS CORREIOS”
O discurso da ECT desde o fim de 2015 só se fala em crise, crise e mais crise, mas na prática se reflete de outra forma. O ápice dessa suposta "crise" seria a manutenção dos salários de seus funcionários até o mês de setembro/2016, por falta de dinheiro em caixa, mas pouca coisa mudou no discurso da direção da empresa.
Apesar da política imposta pelos Correios desde dezembro de 2015 de redução de custos, como retirada de funções de Tesoureiros e Supervisores, fechamento de agências, implantação de DDA e até mesmo o fornecimento de copo descartável para beber água, foi suspensa. Mas a crise nos Correios não chegou no alto escalão, continuam “administrando” a Empresa como se não houvesse crise financeira alguma, tanto é os altos gastos com patrocínios, contratações diretas (sem necessidade de licitação), indicações políticas /criações de funções com altos salários, (compra de maquinários de milhões de reais, acho que isso a empresa deveria investir sim), discussão para transformação do banco postal de correspondente bancário para instituição financeira, projetos para aquisição de frotas próprias de aviões, fechamento de novos serviços como o telefônico, instalação de escritórios internacionais nos Estados Unidos e Ásia, entre outros, ou seja, a suposta crise financeira só existe para os seus funcionários e a sociedade, visando a privatização dos Correios.
Todos esses dados estão disponíveis e podem ser verificados nas Atas da Assembleia de Acionistas (onde a União detém 100% das ações), nas do Conselho de Administração, nas reuniões de Diretoria/Conselho Fiscal e nas publicações do Diário Oficial, como esta publicada abaixo.
Os trabalhadores dos Correios não podem pagar pela incompetência e ingerência política que culminou nesse desastre de gestão de uma grande empresa como os Correios. Está nítido que o que existe na ECT é ocasionado pela má gestão pública, gente que não conhece e nem tem preparo técnico para comandar e gerir uma empresa tão grande como a ECT, que deveria estar sendo dos Ecetistas e da sociedade num todo.
Infelizmente o problema de má gestão não está só empresa de Correios, reflete também no fundo de pensão (Postalis) e no convenio médico (Postal Saúde), onde os gastos e prejuízos acumulados nos últimos anos superam a escala de 6 bilhões. O novo Governo - que de novo não tem nada, propõe a velha política retrograda - se aproveita da crise, que não foi causada pelos trabalhadores e apresenta uma pauta que visa a volta das privatizações, como a solução para o problemas das contas públicas.
Fica aqui algumas perguntas aos ecetistas: de quem é a culpa? A quem interessa o desmonte da empresa? O que podemos fazer para reverter esse cenário desfavorável? A greve é o melhor caminho?
Douglas Melo / Ruam Carlos / Halisson Tenório
Abaixo a relação de patrocínios publicados este ano no Diário oficial
Valor Total : R$ 2.992.867,20
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