Com quadro de servidores defasado, estatal acertou o aumento dos preços de alguns serviços O estudo apresentado pela H&J Consultores Ind...
Com quadro de servidores defasado, estatal acertou o aumento dos preços de alguns serviços
O estudo apresentado pela H&J Consultores Independentes, que justifica as controvérsias sobre a real situação econômica da ECT, parece surtir efeito nas últimas semanas. De acordo com informações da Folha PE, as tarifas postais serão elevadas em 10,7% para serviços nacionais e internacionais, como resultado de reajustes para minimizar os efeitos negativos das contas da empresa. E o erro dos Correios, como indica a consultoria, está nos gastos exorbitantes com patrocínios – entre R$ 1 milhão a R$ 300 milhões – para projetos e contratações diretas de empresas, sem licitação, para consultorias, entre outros.
Em entrevista, Hálisson Tenório, que é parte da diretoria da FENTECT e consultor, “a empresa que alega estar deficitária não tem necessidade gastar com tudo isso.” O estudo, agora também anunciado na mídia, destaca a crença de que a ECT contava com a reserva técnica de R$ 6 bilhões, em 2012, quando, três anos depois, foi descoberto um número bem inferior, de R$ 1 bilhão. “Isso não cosnta no balanço e, por isso, acreditamos se tratar de manobra contábil para dizer que a empresa está mal das pernas”, disse ao veículo.
O prejuízo anunciado pela ECT indica um déficit de R$ 2,1 bilhões no ano passado e prejuízos de até R$ 700 milhões, ainda conforme a Folha PE. Sindicatos e a federação não têm dúvidas de que os problemas da má gestão e de receita da empresa estão sucateando a estatal, agravados pela falta de concursos públicos - a quantidade de trabalhadores é defasada na empresa e não supre as expectativas da categoria e da população.
A consultoria, em parceria com a FENTECT, realizou o estudo com base nas atas do Conselho Fiscal, Conselho Administrativo, da diretoria executiva e da assembleia geral dos acionistas. Fica o questionamento, no entanto, dos trabalhadores sobre os argumentos da empresa. Para a categoria, tratam-se de estratégias para privatizar ou abrir o capital dos Correios, para venda de ações, conforme anunciado pelo governo interino de Michel Temer.
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